sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Os fins justificam os meios?

                                                    "Os fins justificam os meios"!

                Era com essa filosofia que eu vinha baseando minhas atitudes, minha vida: eu tenho um fim, este fim entenda-se por metas, planos, objetivos, e não importa como, não importam os meios, eu tenho que chegar nesse fim, esse era meu pensamento, até hoje.
            Eu achava que para atingir o que eu queria, eu poderia, era permitido eu sacrificar meus dias, acordar já contando as horas para que meu dia chegasse ao fim, eu me perdoaria por fazer várias coisas que eu não tinha a mínima vontade de fazer, me perdoaria por deixar minha felicidade em segundo plano, minha vontade de viver para depois, afinal, nesse mundo, a prioridade é sobreviver, não é? Afinal, quando eu chegasse nesse fim, todos esses meus meios sacrificados seriam justificados, não seriam?
                              Justificados? Por quem? Para quê? Uma vida justificada?

                E quem me dá a garantia de que esse fim chegará? Quando? Vai demorar? E se o meu fim chegar antes do fim que eu determinei através do meios?
                          
                       Entrei em crise. Estou em crise. 21 anos, quase 22, não posso ter crises, ou isso me é permitido? Dane-se, estou!

           Comecei a refletir muito sobre isso, o que vale a pena, o que não vale, até que ponto é determinação, quando não é, até que ponto é desperdício...
...Desperdício de dias, de momentos que poderiam ser bons, mas que tive que deixar para depois porque tinha um fim para chegar, desperdícios de sorrisos. A partir do momento que eu só conseguia pensar nisso começaram a aparecer vários textos, vídeos, livros que me jogavam na cara que o fim talvez não justificasse os meios, entre eles ,algumas crônicas de um livro de Martha Medeiros que por acaso foi emprestado, principalmente "A morte é uma piada", e um vídeo, acho que o nome é "E se o dinheiro não existisse",(algo assim, estou com preguiça de procurar), que achei também meio perdido em um blog de moda.
                 No meu caso, a minha vida acontece nesses "meios", e se não chegar o fim? Nada será justificado, eu terei perdido todos os meus dias, eu não terei vivido, nem sobrevivido, apenas subvivido, se é que esse termo existe.
                      E eu não quero isso, foge totalmente da essência daquela garotinha que ficava revoltada ao ver como os adultos sacrificavam sua família, sua felicidade, seus amores por coisas tão banais, que não acrescentam nada, e que poderiam perder-se em segundos, trocando as únicas coisas que proporcionam a verdadeira felicidade por ambição, status, prazer de "se dar bem na vida". 
                                                       É, eu sempre faço isso.
Sempre que acho que estou me perdendo, errada, tento voltar aos meus 9, 10 anos e descobrir se eu sou a Rafaely que queria ser, se aquela menina me aprovaria hoje. E acho que hoje, ela me diria: "Seus fins não justificam os meios"!

Se alguém tem uma opinião diferente, pode me ajudar rs

2 comentários:

  1. Eu ia te mandar esse vídeo do dinheiro hoje. Realmente é difícil saber quando atravessamos a linha tênue entre dedicação e ambição...

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  2. Achei por acaso esse vídeo, e veio em um momento bem oportuno. E no meio dessa linha é que podemos nos perder...!

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