domingo, 23 de novembro de 2014

Faz mais de 1 ano que não escrevo aqui, na verdade, não faz tudo isso, apesar da minha última postagem ter sido em março de 2013, a última vez que escrevi aqui foi em julho de 2014, mas vocês não sabem, e nem vão saber, porque eu tenho cerca de 30 rascunhos nesse blog, os quais eu escrevi apenas porque isso me faz bem, e talvez ninguém nunca leia.
Mas enfim, após um longo período sem postar nada, hoje me deu vontade, eu sempre tenho vontade, mas ultimamente não consigo organizar pensamentos, vontades, nem nada.
 Hoje só venho dizer que, se tudo der certo voltarei a postar, não sei se alguém lê o meu blog, e confesso que não me importo muito, claro que se alguém diz que lê o que escrevo é o máximo, mas, apesar de querer ter nascido escritora, eu não escrevo para os outros, é pra mim mesma, e quando acho que escrevi bem(ou mais ou menos bem rs) eu posto, do contrário, vai para os 30 e poucos rascunhos.
Pensei em criar um novo blog, porém optei por continuar com esse porque, apesar de achar algumas postagens bem sem noção(eu tinha 18 quando comecei com o blog, saindo da adolescência, então me dou um desconto haha); ele retrata, ou só me faz lembrar mesmo, de muitos momentos da minha vida, bons e outros não tão bons que me ensinaram muito, e esse é o motivo de não criar outro.
Vamos ver a diferença (OU NÃO) da escrita e na mente de uma menina saindo da adolescência para a juventude e da menina saindo da juventude e indo pra vida adulta...

quarta-feira, 27 de março de 2013

"Fogo que arde sem se ver(...)". E queima.

Poderia ter sido só um beijo, poderia ter sido apenas um erro, sabe, essas coisas de impulso da gente? Então, mas não foi, no outro dia queria de novo desfrutar daquele erro.
Talvez brincar com fogo de vez em quando é mais excitante.
"Só não se queime moça, cuidado"!

Mas enquanto você não se queima, brincar com fogo fica aparentemente menos perigoso, eis o grande perigo...aparentemente...desconhecer limites é sempre um grande risco.

"Ela adora desafios. Odiava limites. Ops!Risco ao quadrado."

Por outro lado, adorava sentir que estava com o controle, não tanto da situação, mas de si mesma.

"Perder meu auto-controle é afundar em um mar de sentimentos e fraquezas, é tornar-se uma vítima declarada da paixão...e do seu olhar..."

Aquele olhar...ela lembrava-se vagamente de, há alguns anos, ter cruzado com aquele olhar em algum lugar que lhe fugia da memória, uma situação insignificante que só relembrou quando seus olhos novamente cruzaram com os dele.

"Droga! Desde quando me interesso por qualquer tipo de olhar?"

Era uma faísca de fogo.

Ele poderia não ter ligado nas duas semanas que se sucederam, ela talvez ficaria com raiva, todos fazem isso, ela ficaria aliviada talvez..."mais um, menos um..."

Mas ele insistia, insistia em prendê-la com seu olhar, insistia em encantá-la, mesmo sem querer, mesmo sem perceber, naquele jogo de resistência, de limites, de desejo, de sorrisos...sorriso este, que ela poderia até pagar pra ter sempre por perto.
Nesse ponto ela já não sabia o que mais lhe prendia naquela brincadeira: o olhar dele, o sorriso, ou o desafio de saber até onde ela conseguiria ir sem se queimar...

"Queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro grau?"

domingo, 24 de março de 2013

Você sabe?

Sabe...Não, eu não sei.
Ninguém sabe.
As pessoas perguntam como você está, mas ninguém quer saber, realmente.
Se você responder o quão está feliz, pode gerar inveja; se responder que está um pouco triste, será maçante.
Ninguém quer saber.
Vivemos nesse mundo, em que já não é tão importante saber.
Saber como foi seu dia, saber se precisa de ajuda, saber se precisa de um abraço.
Será que um dia alguém quis saber?!
É muito mais prático, eu pergunto: "Tudo bem?", e você me responde:"Tudo ótimo".Ponto.Perfeito.Pra quê mais não é,?
E assim vamos vivendo cada dia mais um distante do outro...nesse mundo carente de companheirismo...!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Pollyanna

Era um fim de tarde de uma sexta-feira, sabe aquela semana, aquela sexta que ao terminar  você deveria ganhar um prêmio por ter sobrevivido àqueles dias, então, era aquele dia. Se não me engano, estava chovendo, pra colaborar né(a chuva me adora, será que isso é bom?).
E eu estava fazendo meu longo caminho até a rodoviária, pensando em como eu estava cansada e mais algo que não me recordo, o sinal fechou, claro que bem na hora que atravessaria, então um senhor parou ao meu lado e fez um comentário sobre o tempo, eu concordei e ele continuou no mesmo caminho que o meu.
Eu tenho, desde sempre, uma mania que não saí de mim, que é a de achar que tudo é um sinal: ia sair mas minha unha quebrou>sinal de que devo ficar em casa, esse é um dos sinais mais básicos, porque tem aqueles também que podem mudar minha vida, eu acho que são sinais que Deus manda, tentando endireitar o que estou fazendo sabe? Uma ajudinha dos céus, por enquanto, eles tem me ajudado muito, sempre tento manter minha sensibilidade à flor da pele para percebê-los. Muitas vezes não sei se é sinal, mas são pessoas, acontecimentos que aparecem do nada e faz com que, ou seu dia se torne melhor, ou faz você refletir, também acredito que isso seja Deus tentando aliviar um pouco nossas dificuldades.
Acho que nesse dia foi isso que aconteceu.

De repente, esse senhor que foi no mesmo caminho que eu, do nada, começou a falar de um livro( será que ele percebeu que gosto de livros?), 
-"Você já leu Pollyanna?"

-"Não,nunca ouvi falar!"
-"Bem, o livro é antigo, e ele tem uma frase que acho que todo dia temos que repetir: estar sempre contente. Ele conta a história de uma menina que tentava ver o lado bom em todas as coisas, ela jogava o 'Jogo do Contente', tudo que acontecia de ruim ela transformava em algo bom!Vale muito a pena ler viu menina. Agora tenho que virar aqui, tchau, bom fim de semana!"
Eu sei que talvez exagere na minha declaração, mas esse foi um dos momentos mais mágicos da minha vida, eu fiquei encantada, só conseguia pensar nas palavras daquele homem, porque ele disse aquilo tudo, sem ter nenhuma lógica, eu sou uma desconhecida para ele, oras!
Mas desde então, e isso já faz uns 3 anos, esse livro não saí da minha mente, sempre que me vejo reclamando, entristecendo lembro desse livro, lembro do estar sempre contente, é uma necessidade minha exercitar minha mente para ver o lado bom das coisas, que é uma dificuldade que tenho, e aquela mensagem dita pelo senhorzinho me ajudou a enxergar isso.
E naquela sexta-feira, às 18h, andando debaixo daquela chuva, eu me vi agradecendo por cada gota de chuva que caía em mim.



Ps: Quem gosta de literatura, tá aí uma boa indicação, Pollyanna, de Eleanor H. Porter.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Os fins justificam os meios?

                                                    "Os fins justificam os meios"!

                Era com essa filosofia que eu vinha baseando minhas atitudes, minha vida: eu tenho um fim, este fim entenda-se por metas, planos, objetivos, e não importa como, não importam os meios, eu tenho que chegar nesse fim, esse era meu pensamento, até hoje.
            Eu achava que para atingir o que eu queria, eu poderia, era permitido eu sacrificar meus dias, acordar já contando as horas para que meu dia chegasse ao fim, eu me perdoaria por fazer várias coisas que eu não tinha a mínima vontade de fazer, me perdoaria por deixar minha felicidade em segundo plano, minha vontade de viver para depois, afinal, nesse mundo, a prioridade é sobreviver, não é? Afinal, quando eu chegasse nesse fim, todos esses meus meios sacrificados seriam justificados, não seriam?
                              Justificados? Por quem? Para quê? Uma vida justificada?

                E quem me dá a garantia de que esse fim chegará? Quando? Vai demorar? E se o meu fim chegar antes do fim que eu determinei através do meios?
                          
                       Entrei em crise. Estou em crise. 21 anos, quase 22, não posso ter crises, ou isso me é permitido? Dane-se, estou!

           Comecei a refletir muito sobre isso, o que vale a pena, o que não vale, até que ponto é determinação, quando não é, até que ponto é desperdício...
...Desperdício de dias, de momentos que poderiam ser bons, mas que tive que deixar para depois porque tinha um fim para chegar, desperdícios de sorrisos. A partir do momento que eu só conseguia pensar nisso começaram a aparecer vários textos, vídeos, livros que me jogavam na cara que o fim talvez não justificasse os meios, entre eles ,algumas crônicas de um livro de Martha Medeiros que por acaso foi emprestado, principalmente "A morte é uma piada", e um vídeo, acho que o nome é "E se o dinheiro não existisse",(algo assim, estou com preguiça de procurar), que achei também meio perdido em um blog de moda.
                 No meu caso, a minha vida acontece nesses "meios", e se não chegar o fim? Nada será justificado, eu terei perdido todos os meus dias, eu não terei vivido, nem sobrevivido, apenas subvivido, se é que esse termo existe.
                      E eu não quero isso, foge totalmente da essência daquela garotinha que ficava revoltada ao ver como os adultos sacrificavam sua família, sua felicidade, seus amores por coisas tão banais, que não acrescentam nada, e que poderiam perder-se em segundos, trocando as únicas coisas que proporcionam a verdadeira felicidade por ambição, status, prazer de "se dar bem na vida". 
                                                       É, eu sempre faço isso.
Sempre que acho que estou me perdendo, errada, tento voltar aos meus 9, 10 anos e descobrir se eu sou a Rafaely que queria ser, se aquela menina me aprovaria hoje. E acho que hoje, ela me diria: "Seus fins não justificam os meios"!

Se alguém tem uma opinião diferente, pode me ajudar rs

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Até o último dia


"Quer meu amor, carinho, respeito e admiração? Me deixa livre, me deixa solta, não me pressiona, não me força, não me prende. Mas ao mesmo tempo me mostra que tenho pra onde voltar, que tenho abrigo, que tenho colo, que tenho conforto e, de quebra, um cafuné pra me fazer companhia nas noites vazias.

Não sou tão difícil assim de desvendar. Meus olhos nunca souberam mentir, apesar da minha boca dizer certas coisas que nem sempre são sinceras. Me desculpe, mas é que às vezes preciso fingir. Preciso dizer que não te quero só pra ver se me convenço. É que não posso te querer tanto. Dizem que o amor machuca, eu tenho esse lado infantil que se atira sem pensar e esse lado adulto que se preocupa com os tombos que surgem no meio dessa difícil estrada que é o sentir. 

Tenho um bocado de coisas pra aprender, meu coração ainda é criança. Sofro por coisas bobas, me preocupo com o que ninguém vê. O invisível sempre me interessou demais. Aquilo que a gente não consegue tocar, mas que consegue sentir profundamente. E eu sinto tanto, tanto. Me confundo no meio de tantos sentimentos bons, contraditórios, sem nome, sem nexo. Nem sempre sentir esclarece as coisas, não. Muitas vezes o sentir só atrapalha tudo e deixa a gente ainda mais enrolado. Mas que graça a vida teria se não fossem esses gostinhos doces e salgados, alternando, se misturando, lutando entre si? Nenhuma. Por isso, aceito resignada o que me foi destinado. Nasci pra andar sempre de mãos dadas com a minha liberdade e com o amor que me move e me faz sentir cada coisa de forma arrebatadora. E vou viver assim até o último dia da minha vida. "

(Clarrisa Côrrea)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"Há noites intransponíveis,
Há dias em que pára nosso movimento em Deus,
Há tardes em que qualquer vagabunda
Parece mais alta do que a própria musa.
Há instantes em que um avião
Nos parece mais belo que um mistério de fé,
Em que uma teoria política
Tem mais realidade que o Evangelho.
Em que Jesus foge de nós, foi para o Egito;
O tempo sobrepõe-se à ideia do eterno.
É necessário morrer de tristeza e de nojo
Por viver num mundo aparentemente abandonado por Deus,
E ressuscitar pela força da prece, da poesia e do amor.
É necessário multiplicar-se em dez, em cinco mil.
É necessário chicotear os que profanam as igrejas
É necessário caminhar sobre as ondas."

[Angústia e Reação, Murilo Mendes em "Tempo e Eternidade.]